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Oi.
Não sei se você sabe, mas a Festa da Páscoa é muito especial para mim...
Foi justamente numa Vigília da Páscoa, no Sábado Santo de 1981 para ser mais preciso, que eu fui batizado em Santos/SP, na minha paróquia de origem (Santo Antônio do Valongo) e a partir daí a minha vida deu uma guinada espetacular.Posso dizer, sem medo de errar, que foi um divisor de águas. De modo que eu conto a minha vida antes e depois do Batismo. Um acontecimento tão importante que me fez sair de casa procurando algo que, sinceramente, hoje depois de tantos anos ainda sinto uma certa dificuldade de identificar, por ser tão grandioso e misterioso. Algo que vai além do alcance da minha pequena compreensão e que tento simplificar com o nome de "busca de Deus". Alguns chamam de consagração, de vida religiosa, não importa a nomenclatura, é sempre esse movimento para Algo maior que nós e que nos atrai e se torna irresistível, não obstante as dificuldades do caminho... Por isso vim escrever uma mensagem de Páscoa para você, ainda que alguns reclamem por não ser exatamente uma mensagem personalizada (lamento não conseguir fazê-lo como antes) Ultimamente muitos dos meus amigos têm reclamado minha atenção. Tenho sido negligente, relapso e displicente com aqueles que me são caros. Sei que não posso ficar me justificando com argumentos frágeis como "falta de tempo" ou coisa parecida. A verdade é que quando a gente quer arruma tempo prá tudo. Mas, honestamente, depois da ordenação eu tenho estado perdido em meio a muitos compromissos: casamentos, confissões, missas, atendimentos, encomendações de falecidos, visitas a doentes... Você, que me conhece, sabe que eu sou um sujeito (razoavelmente) tranquilo e acolhedor... Isso faz com que as pessoas venham me procurar amiúde para conversar e pedir orientações, assim como também para celebrar missas, casamentos etc. Resultado: tenho vivido a época mais sobrecarregada da minha vida. Mas não significa dizer a mais difícil. Claro que estou trabalhando bastante, mas não posso de jeito algum reclamar porque estou fazendo aquilo que eu desejava. Ninguém me obrigou a isso, nem me iludiu... Faço isso consciente e livremente.
Mas o corpo reclama. Já não tenho vigor dos meus dezoito anos. A barriga cresce assustadoramente ( e o Aurílio com aquela magreza de anoréxico vive pegando no meu pé, jogando na minha cara o volume da pança redonda que já não consigo esconder debaixo das camisas), os cabelos caem e já não suporto o calor como antes (aliás a dermatologista quase proibiu-me de me expor ao sol porque sou asiático e somos mais susceptíveis ao sol - coisa de velho - acho que ela é do tipo governanta alemã. Não deu um sorriso durante a consulta! Vou chamá-la de 'Fräulein' da próxima vez). Resumindo tudo, a cabeça está ótima, mas o corpo já esteve bem melhor ... já disse pro meu padrinho que faz meses que eu não consigo cruzar as pernas e cortar as unhas dos pés é um sacrifício imenso , porque para realizar este ritual quinzenal eu necessito fazer antes meia hora de alongamento e uma caminhada de 4 quilômetros. Acho que vou começar a frequentar a pedicure no salão da Dulce. Nossa! Comecei falando de coisas tão sublimes como a Festa da Páscoa e estou falando das unhas dos pés. Que disparate... Vamos voltar a falar sobre realidades mais augustas. Durante a Semana Santa estarei em Cambuí, sul de Minas Gerais. O coitado do pároco de lá tem muito serviço nesta época e pediu socorro. E lá vou com toda a boa vontade deste mundo socorrer a pobre criatura... Desde ontem estou pensando no rabino Henry Sobel. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Será que ele perdeu a razão? Será que está com algum problema psíquico? Os heróis costumam ser invencíveis, imbatíveis, intocáveis, imaculados... Quem sabe os heróis de hoje estejam expostos à mesma miséria da qual eu esperava que eles me salvassem. Certamente tudo isso ainda vai vender muito jornal e servir de matéria para muita baboseira na TV.
Eu, sinceramente, me nego a esquecer tudo aquilo que ele fez e representa. Não tenho o direito de julgá-lo por um ato isolado, não me sinto à vontade para condená-lo (qualquer que seja a motivação). O fato é que as 4 gravatas estavam lá com ele, mas eu não posso admitir que esse lamentável incidente me faça esquecer o cidadão que esteve tantas vezes lutando contra a ditadura no Brasil. Esteve do nosso lado, sempre aberto ao diálogo ecumênico, possivelmente recebendo não poucas críticas dos seus companheiros de fé. Não consigo achar graça nas piadinhas veiculadas na internet que falam sobre ele.
Mas, voltando ao assunto da Páscoa, eu queria mandar um cartão prá cada um, como costumava fazer no passado... Mas nas atuais circunstâncias é impossível. Tenho atendido pessoas até domingo de noite, como fiz ainda há pouco... Gente que trabalha durante o dia e só tem esse horário disponível. Como disse anteriormente estou indo celebrar a Páscoa em Cambuí/ MG. Estou tão cansado que vou acabar desmaiando na celebração da Paixão (risos). Deus me ajude! Vou rezar por aqueles que me são caros, entre os quais você se inclui e aproveito para me recomendar às suas orações.
Tenha uma Feliz Páscoa e até a volta... Se por lá existir alguma LanHouse eu abro a caixa de e-mail(risos), caso contrário até daqui a uma semana. Fica com Deus e cuide-se
Beijão. Hideo
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No segundo semestre do ano passado fui "intimado" pelo Afonso a ajudar uma paroquiana que estava a traduzir um livro do francês para o português. Imagine, justo eu, que não saí do primeiro livro do Mauger e que cantava "Alors enfants de la Patrie" em vez de "Allons enfants..." Alguém, certa vez, quase teve um enfarto de tanto rir da minha cara por causa desta gafe...
Resumindo não sei francês o suficiente para (sequer) pedir um croissant numa daquelas famigeradas boulangeries da Pátria de Santa Teresinha. Mas, como um bom religioso carmelita descalço (cof!cof!), resolvi topar a parada.
O livro a ser traduzido era nada mais, nada menos do que uma obra de Jean-Yves Leloup, um famoso psicólogo/filósofo/teólogo/escritor europeu. Suponho que algum dos meus queridos amigos conheçam a figura ou já tenham lido alguma coisa dele.
Quando fui convidado para auxiliar a tradutora (não vou dizer o nome dela porque alguns dos meus assíduos leitores de anexos são desta paróquia e certamente a conhecem - risos) não fazia a mínima idéia do que significava isso. Eu achava que era simplesmente uma tradução que objetivava alguma aula de teologia espiritual, alguma palestra em algum Seminário, encomendado por um bispo piedoso, sei lá o que pensava... Só não pensava que fosse realmente ser editado, impresso e divulgado no MASP!!!!
E nem fazia idéia de que o próprio autor viria para o lançamento deste LUXUOSO livro "en papier couché" ilustrações generosas, material super rico, publicado pela não menos respeitada UNESP.
Pois é... Quando eu recebi aquele livro lindíssimo - deve custar uma pequena fortuna - com uma dedicatória do Jean-Yves fiquei deslumbrado, mas quando li o meu nome (sim, meus caros, my own name!!!) impresso no livro, aí foi demais para a minha humildade. Eu me senti o próprio Fernando Pessoa!!!! Tudo bem que a minha colaboração foi mínima . Talvez tenha interferido em uma dúzia de expressões. Nada que uma boa pesquisa na internet não resolvesse para a tradutora , mas mesmo assim, mesmo sabendo que não merecia tudo aquilo, fiquei imortalizado na obra de Jean-Yves Leloup na sua edição brasileira de "O Ícone, uma escola do olhar". Fiquei tão entusiasmado com esta experiência de tradução que tive vontade de traduzir a Enciclopédia Barsa pro Javanês! Talvez seja muito... Melhor começar pela lista telefônica. Ainda é muito né? Tá bom, tá bom... Começarei traduzindo as frases dos cartões postais das Edições Paulinas.
Ai, ai... Como é duro ser pobre! A gente se contenta com tão pouca coisa, não é?
O Afonso adora me tripudiar... Ontem , quando voltei com o livro nas mãos (tive a mesma sensação de quando voltei para casa com uma medalha de honra ao mérito no peito, ao fim do primeiro ano do Grupo Escolar - 1969 - tinha sete anos... Não sabia exatamente o que era aquilo, mas estava na cara que era bonito. Voltei para casa correndo para mostrar prá minha mãe. Ela ficou mais feliz do que eu e fomos correndo prá casa da minha tia, que morava ao lado, e em seguida fomos os três correndo para mostrar pro meu tio - que era uma espécie de Patriarca da família. Ele olhou para mim e disse alguma coisa como Parabéns. Nada de abraços, nada de grandes elogios, apenas um conciso, direto e econômico "Parabéns", bem ao modo japonês...)
Mas, como eu dizia (meu Deus, como eu me perco em meio aos parêntesis com que interrompo as idéias ), o Afonso estava folheando as páginas do livro recém publicado e eu, é claro, ficava apontando o meu nome ("Tá aqui ó! Lê aqui ó!" Tá vendo? Marcos Hid...). E ele disse: "Mas isso quem escreveu foi a tradutora e não o autor do Livro!" E eu: "Seu desmancha-prazeres! Tinha que achar um defeito, né?" E eu comentava que não sabia que a origem do nome Verônica vem de "Vera Ícona" = verdadeira imagem . "Sério? Você não sabia? Mas isso é uma informação tão elementar?" disse ele "Me admiro muito com você, que estudou Artes Plásticas na Escola Guignard, não saber esta informação tão básica!" E então apelei "Não sabia isso. Mas sei de muitas coisas que você não sabe e nunca vai saber!!!!" risos
Das duas uma: ou a gente está rindo juntos ou está brigando... Ontem à noite fomos escondidos à sala do provincial para imprimir umas cartas sigilosas. Na hora de imprimir faltaram folhas e raptamos algumas folhas de papel A4 da máquina de xerox do Frei Antônio. Aquela cena lembrava dois meninos roubando goiaba no quintal do vizinho. Eu comecei a rir e disse: "Afonso, eu não acredito no que estamos fazendo... Eu tenho quarenta e quatro anos e você quarenta e cinco!!! E por que é que estou me sentindo como um moleque de nove que está fazendo uma traquinagem??? Falando baixo prá ninguém nos ouvir, com medo de ser pego no flagra com meia dúzia de folhas na mão? Isso é ridículo!!! E o pior é que estas folhas são tuas! Você é o Provincial !" E ficamos rindo bem baixinho prá ninguém nos ouvir... Como é bom ter um amigo assim.
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Os jovens da paróquia de Cambuí (MG), onde passei a Semana Santa, encenaram a Paixão de Jesus Cristo. Lá no fundo do meu coração eu, silenciosamente, fiz uma comparação inevitável com um teatro semelhante que eu “produzi” quando era seminarista canossiano, em meados da década de oitenta. Modéstia à parte, a minha produção foi bem melhor... Lembro que um mês antes do teatro eu fui com o padre Jorginho (um italiano de metro e meio, ardido como uma pimenta brava) fomos ao centro de Ribeirão Preto procurar doações para o tal teatro. Tempos difíceis aqueles... Não conseguimos muita coisa nas casas de tecidos a não ser uns poucos retalhos, muito pequenos, de tecido estampado e alguns pedaços de napa. Durante semanas eu fiquei bolando umas fantasias pro teatro e acho que o resultado foi muito bom. As roupas dos soldados que tínhamos à disposição (emprestadas de uma paróquia vizinha, em Dumont/SP) eram feias. Os soldados do teatro vestiriam uma peça que lembrava uma blusa de cetim e uma mini saia listrada (francamente, parecia o bloco da Dona Dorotéia em Santos, que eu nem sei se ainda existe). Depois de um pouco de pesquisa nas enciclopédias e uma boa dose de imaginação eu consegui montar os capacetes, recriei a roupa dos soldados com sacos de estopa, as coroas, os barretes, o cenário, até a trilha sonora ( Adágio de Albinoni, Ária da 4ª corda, Marcha Fúnebre, Bachianas de Villa Lobos) . Foi uma superprodução. Até a sucursal da Rede Globo apareceu por lá. No final da peça, o público da igreja, que estava superlotada, aplaudiu muito os atores (seminaristas e jovens da paróquia) que eram cerca de trinta e eu fiquei maravilhado com o que eu tinha acabado de fazer sem dinheiro nenhum... E no fim do espetáculo quase ninguém veio me cumprimentar. Lembraram do Cristo, de Judas, da Madalena... mas ninguém sequer supôs que eu havia perdido muitas horas de sono colando papéis coloridos, selecionando músicas em LPs de músicas classicas, pedindo para senhoras a caridade de costurar gratuitamente algumas peças, pintando cenários debaixo do sol estorricante de Ribeirão Preto. Deveria ficar magoado, mas eu não conseguia... Estava feliz demais para isso. Foi então que o padre Giorgio Valente veio me cumprimentar (ele havia representado Pilatos na peça) e me disse algumas palavras com tanta ternura que eu desabei. Talvez por auto-comiseração, talvez por estresse acumulado, talvez por uma alegria que jamais havia experimentado de me sentir capaz, competente, produtivo...
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Olá!
Fazia "muito tempo" que não escrevia uma mensagem coletiva a vocês (ando tão mentiroso ultimamente! risos). Por isso, meus amigos, resolvi contemplá-los com algumas novidades, já que tantos andam dizendo por aí que estou tão sumido que seria mais fácil encontrar um mico-leão saltitando nos galhos das árvores da Praça Buenos Aires do que me vir pessoalmente. E como muitos de meus amigos moram a milhares de quilômetros longe da minha casa, resolvi poupá-los desta viagem e colocá-los em dia com os últimos acontecimentos de minha jubilosa existência...
Muitos de vocês já devem saber que ando às voltas com alguns problemas de saúde. Nada de susto, por favor. É uma coisinha simples, mas que faz muito estrago ao fim de tudo. Tanto que cheguei a ser levado ao pronto-socorro porque o bendito estômago não estava funcionando... Tudo começou com uma pequena indisposição, que foi aumentando com o tempo. Tive a sensação de que eu era um avestruz que tinha acabado de engolir uma bola de tênis e a bendita não subia e nem descia, como um elevador que fica sem energia e resolve estacionar entre o oitavo e nono andar.
Não queira imaginar o terror que se apodera de um infeliz que parece ter engasgado com uma azeitona. Ai, meu Deus, e eu que pensava ter superado há anos essa relação mal resolvida com a gastrite.
Resultado: consulta médica, exames, etc... Pela terceira vez na minha vida fiz endoscopia. Nada como estar em SP nesta hora. Tudo limpinho, higiênico e rápido no laboratório... Minha penúltima experiência deste tipo de exame havia sido traumática. Foi em Caratinga-MG. A anestesia não fez efeito. Até hoje eu suspeito que eles (por economia ou sadismo) não aplicaram coisa nenhuma e eu tive que engolir aquela mangueira na raça!! Eu lacrimejava mais do que a Santa Mônica (que dizem ter chorado anos a fio pela conversão de seu filho santo Agostinho) e sem poder emitir sequer um gemido. Nunca em toda a sua vida (Deus queira!) você tenha que fazer uma endoscopia em Caratinga. A não ser que seu espírito de aventura seja enorme, tão grande quanto a vocação ao martírio. Meus amigos caratinguenses que me perdoem, amo aquela cidade, mas jurei como a Scarlet O'hara (no filme "E o vento levou") nunca mais passar fome...digo, nunca mais voltar a abrir a boca para fazer endoscopia em Caratinga.
Mas voltando ao resultado dos exames, o parasitolólogico (aquele que a gente tem vergonha de fazer) deu negativo. Ainda bem porque, se eu tivesse que repetir a mesma ginástica que fiz para a coleta do material e ainda por cima encarar o sorrisinho amarelo da atendente quando eu entreguei o frasco envolto em milhões de saquinhos plásticos (confesso: tive nojo), eu preferiria alimentar esta bactéria até ter uma colônia delas que fosse suficiente para fazer três litros de iogurte (será que bactérias também fazem iogurte?).
Pois então, a endoscopia acusou algumas coisas:
1. Tenho uma úlcera cicatrizada ( até hoje nenhum médico teve a coragem de me dizer isso claramente, que eu tive úlcera. Diziam que era isso ou aquilo, muitas vezes usando eufemismos. Gostei desse médico. Disse na lata: "Você teve uma úlcera, mas está cicatrizada". (ótimo!)
2.Não tenho hérnia de hiato (nem sei o que isso significa).
3.Mas estou com o estômago inflamado em virtude da presença de uma bactéria.
Quer dizer que estou como um computador com vírus?
"É só tomar o remédio certo que tudo vai melhorar", garantiu-me o médico (que se chama Thomas Dan Schaffa e por isso me lembrou o Frei Schaffa, antigo pároco do Valongo).
Saí do consultório feliz da vida por ter descoberto que estou com uma bactéria no estômago. Puxa, melhor morrer sabendo do que se sofre do que morrer ignorante e derrotado por um inimigo desconhecido.
Tenho também um motivo a mais para estar alegre: Eu não sofro do coração. Isso mesmo! Meu coração está ótimo... porque se eu sofresse do coração tinha morrido de infarto na farmácia no exato momento em que o farmacêutico me disse o preço do remédio: R$ 162,86!!
Então é assim? A gente cura do estômago e entra em depressão por conta do preço dos remédios? Cura a úlcera e ganha dor-de-cabeça porque não sabe como vai pagar a farmácia??? Olha, quase que eu pergunto pro vendedor: "- Dá prá abrir um crediário? Não tem nenhum servicinho que eu possa fazer aqui para diminuir a facada?"
Acho que vou começar a seguir o conselho das senhoras da paróquia "Toma carqueja! Toma boldo! Toma suco de couve! Espinheira santa é uma beleza!" Pode até nem fazer efeito, mas pelo menos a gente não corre o risco de penhorar o conopeu da paróquia...

Hoje fui fazer uma celebração ecumência no Rotary. Eu me senti tão sem chão... As coordenadoras deixaram bem claro que se tratava de uma celebração ecumênica: haviam católicos, evangélicos, judeus, espíritas... Quase que eu perguntei se podia falar de Deus. Fiz de tudo para não falar em Jesus Cristo, a fim de não criar constragimentos. Depois de mim veio o pastor presbiteriano e "lascou" Jesus em todo mundo. Eu tive vontade de bater nele! Depois de todo sacrifício que eu tinha feito para não ser específico demais ou parecer parcial, querendo puxar a brasa para minha sardinha, deu a impressão de que eu era superficial .
O rabino não veio, dizem as más línguas que o cachê era alto demais (brincadeira).
Desde sábado passado estou trabalhando num lugar muito interessante. Chama-se "Arsenal da Esperança". É uma casa de acolhida aos moradores de rua. Você não imagina a minha alegria de poder ajudar neste serviço. Sabe, eu pego o metrô e vou a pé um pequeno trecho que dá medo. Mas fui tão bem acolhido pelos internos e pela coordenação do lugar... Por favor reze para que tudo dê certo. Seria tão bom que eu me adaptasse por lá. Agradeço a Deus por trabalhar na paróquia Santa Teresinha, mas uma oportunidade, como esta, de celebrar com moradores de rua, pessoas simples e pobres creio que é, para mim, uma experiência muito rica. É como ampliar horizontes, aprender a servir mais... mudar de linguagem, de referências, valores... Dá uma conferida:
www.arsenaldaesperanca.org.br/

Eu queria tanto ser um padre bom... Ainda falta muito. Tenho vergonha de minha mesquinhez. Mas Deus há de me ouvir de tanto eu repetir. Beijão prá todos.
Hideo
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